A força da criatividade como competência

Não é de hoje que um dos soft skills mais solicitados em posições estratégicas é a Criatividade.

E ela mantem-se dentre as 15 competências que são tendências até 2028 sinalizadas pelo Fórum Econômico Mundial.

Talvez as pessoas achem que ser criativo é um processo fácil, e muitas vezes não dão o devido valor para esta competência.

Porém, estabelecer um bom processo criativo de forma a agregar valor para as áreas e para as organizações não é algo tão simples assim e requer conhecimentos e habilidades técnicas para tal.

Obviamente que existem pessoas criativas por natureza, e este é um fator que pode trazer para elas uma certa vantagem em relação àquelas que não possuem este skill em seu DNA.

Porém, utilizar-se de uma criatividade intuitiva de forma desordenada e sem prestar atenção aos caminhos que as ideias poderão levar, pode ser um perigo muito grande para a reputação deste profissional e que pode resvalar na organização.

Existem muitas literaturas e informações na internet capazes de nos ajudar a de desenvolver processos criativos produtivos e que gerem grandes resultados.

As metodologias são as mais diversas possíveis, como por exemplo sessões de Brainstormings, grupos de Design Thinking, Técnica de Provocações, Crivo Inicial, Pensamento Lateral, e por aí vai…

A informação está aí para qualquer um de nós nos aprofundarmos e treinarmos. Tudo é treino, treino é tudo.

Agora, voltando para a questão da Criatividade como ponto chave nos cargos de liderança e gestão, é importante ressaltar aqui que aplicar o processo criativo na nossa rotina pede uma certa disciplina.

Êpa, mas disciplina não acaba sendo um contraponto ao processo criativo? Não seria algo que engessaria a criatividade do gestor e de seu time?

Não, se ela for aplicada adequadamente.

Quando falo sobre ser disciplinado no papel criativo é buscar conhecer e praticar as mais diversas técnicas de geração de ideias. É manter-se atento para as tendências e inovações nos mais diversos assuntos, ligados à parte profissional e pessoal também.

É ser constantemente inquieto, com fome de conhecer coisas novas, e provocar de forma positiva esta fome também em suas equipes.

É uma disciplina que mantém esta inquietude. Ela nos ajuda a manter o ritmo do pensamento inovador o tempo todo.

E hoje, o gestor ou líder que não se preocupa em exercitar a atitude criativa na sua rotina esta limitado a obter os mesmos resultados, e até resultados inferiores.

Além dos desafios que as empresas nos colocam e que temos que, criativamente, buscar uma solução em termos de novos produtos, processos, legislações e resultados de vendas, existem as múltiplas demandas que o gestor da atualidade já enfrenta: pouco tempo e altas entregas; a diversidade de equipes; o operacional que briga muito com o lado estratégico; e por aí vai.

Sem criatividade, este líder pode estagnar.

Por isso, praticar atitudes criativas só traz benefícios.

Pessoais: pois te torna mais flexível na resolução de problemas e te capacita a lidar com os desafios de menor e maior complexidade, além de aumentar o seu campo de visão para a solução de problemas e gerar um sentimento de otimismo na busca por apresentar soluções.

Profissionais: aumento da capacidade de compreender diferentes cenários e atuar de forma disruptiva, gerando ações inovadoras e de alto impacto. Com isso, estará mais preparado para assumir novas posições e crescer em seu plano de carreira.

Agora fica aqui a minha provocação saudável para você: como anda o seu processo de desenvolvimento criativo para seus projetos pessoais e profissionais?

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Referências bibliográficas:

  • Manual do Pensamento Critico – O Guia Para Resolver Problemas Nos Negócios – Chris Griffiths & Melina Costi
  • A Criatividade Corporativa – Geraldo Ferreira de Araújo
  • O Pensamento Lateral – Edward de Bono
  • Treinamento Atitude Criativa –  Instituto Passadori. Faclitadora: Márcia de Paula Nascente